quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Degelo nas Calotas

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Gostaria de saber o que aconteceria se as calotas polares derretessem?A superfície de terra firme em nosso planeta mantém uma carga de cerca de 38 milhões de quilômetros cúbicos de gelo, dos quais 85% estão na Antártida. Como o gelo é menos denso do que a água, (por isto os cubos de gelo flutuam na água), esses 38 milhões, ao derreter-se, se transformariam em 33 milhões de quilômetros cúbicos de água que iriam parar obviamente no oceano. O oceano tem uma superfície aproximada de 360 milhões de quilômetros quadrados. Se esta superfície permanecesse constante e os 33 milhões de quilômetros cúbicos de gelo fundido se esparramassem uniformemente sobre ela, alcançariam uma altura de 33/360Km, ou 0,092 Km. Isto é o mesmo que dizer que o nível do mar subiria 92 metros.Entretanto, a extensão do oceano não permaneceria constante, porque, quando seu nível subisse, ele engoliria cerca de 5 milhões de quilômetros quadrados das terras baixas localizadas em sua orla. Isto significa que a superfície do oceano aumentaria e a "cobertura" procedente do desgelo não seria tão grossa quanto acabamos de supor. Além disto o peso adicional poderia fazer com que o fundo do mar cedesse um pouco.


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Mesmo assim o nível do mar subiria, provavelmente, cerca de 60 metros, o bastante para alcançar o vigésimo andar do (extinto) Empire State Building em Nova York e alagar boa parte das áreas povoadas da Terra.Nenhuma das situações expostas anteriormente têm porque ser catastrófica: em pleno período glacial o gelo cobriu milhões de quilômetros quadrados de terra que ficaram inabitáveis, mas em troca outros milhões de quilômetros de plataforma continental apareceram, oferecendo outras opções de habitação. Se, pelo contrário, o gelo se derreter, a água cobriria milhões de quilômetros quadrados que ficariam inutilizáveis para a vida terrestre. Mas na ausência de gelo e com áreas terrestres menores, o clima seria mais benigno e haveria menos desertos, e assim uma maior porcentagem de terrenos habitáveis. Além disto, como a variação em volume total do oceano seria relativamente pequena (de 6% a 7% no máximo), a vida marinha não seria muito afetada.

A chave então é a mudança climática em si, que é inerente a nosso planeta e de toda natureza. O temor fica por conta da rapidez com que o clima da Terra está mudando: um processo que levaria milhares de anos está sendo acelerado pela interferência do homem

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